Comunicação Social

segunda-feira, junho 26, 2006

Escola de Frankfurt

Grupo de filósofos e cientistas sociais do final dos anos 20, responsáveis pela criação de conceitos como Indústria Cultural. A Escola de Frankfurt se associa diretamente à chamada Teoria Crítica da Sociedade cuja identidade liga-se à utilização dos pressupostos marxistas (Marx) e de alguns elementos da psicanálise (Freud).

A Teoria Crítica da Sociedade tem um início definido a partir de uma ensaio-manifesto, publicado por Max Horkheimer em 1937, e que buscava unir teoria e prática contrapondo-se à Teoria Tradicional, de tipo cartesiano. A sua identidade liga-se à análise das temáticas novas que as dinâmicas sociais da época configuravam, em uma preocupação com a superestrutura ideológica e a cultura. Sendo assim, não se pode dizer que o tema dessa corrente sejam os meios de comunicação em massa, mas que, entre os vários assuntos abordados por esta escola, os mais próximos a este tema seriam aqueles relativos à idéia da indústria cultural, marcados pelo enfoque de manipulação e controle.

Por volta da década de 40, como o Instituto era patrocinado com recursos judeus, pesquisadores como Max Horkeheimer (diretor) e Theodor Adorno, entre outros, se veêm obrigados a deixar a Alemanha Nazista, fugidos da perseguição de Hitler. Já nos Estados Unidos, eles acompanham o surgimento do que os funcionalistas chamam de Cultura de Massa. Os pensadores da Escola de Frankfurt contestam o conceito de Cultura de Massa, no sentido de que ele seria uma maneira "camuflada" de indicar que ela parte das bases sociais e que, portanto, seria produzida pela própria massa. Eles propõem, então, um novo conceito, bastante dististo do anterior, chamado Indústria Cultural.

Baseado no capítulo "A INDÚSTRIA CULTURAL" de Theodor Adorno
(in: Comunicação e Indústria Cultural)


Tudo indica que o termo indústria cultural foi empregado pela primeira vez em 1947 no livro de Adorno e Horkheimer entitulado "Dialética do Iluminismo*".
*no sentido de esclarecimento

A cultura de massa pretende se tratar de algo como uma cultura surgindo espontaneamente das próprias massas, em suma, da forma contemporânea da arte popular. No entanto, a indústria cultural é a integração deliberada, a partir do alto, de seus consumidores. Ela força a união dos dominínios, separados há milênios, da arte superior e da arte inferior. Com o prejuízo de ambos. O consumidor não é o sujeito dessa indústria, mas seu objeto. As massas não são a medida mas a ideologia da indústria cultural, ainda que esta última não possa existir sem a elas se adaptar.

A partir do momento em que suas mercadorias asseguram a vida dos produtores no mercado, elas já estão contaminadas pela motivação do lucro. Pode-se supor que a cosciência dos consumidores está cindida entre o gracejo regulamentar, que lhe prescreve a indústria cultural, e uma nem mesmo muito oculta dúvida de seus benefícios.

Seus representantes pretendem que essa indústria forneça aos homens, num mundo pretensamente caótico, algo como critérios para sua orientação, e que só por esse fato ela já seria aceitável. Mas, aquilo que supõem salvaguardado pela indústria cultural, é tanto mais radicalmente destruído por ela. As idéias de ordem que ela inculca são sempre as do status-quo que são aceitas sem objeção, sem ser confrontada com o que ela pretende ou com os reais interesses dos homens. Ela impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente. Mas estes constituem, contudo, a condição prévia de uma sociedade democrática, que não se poderia salvaguardar e desabrochar senão através de homens não tutelados.

Contextualizando: A partir da segunda revolução industrial no séc XIX e prosseguindo como o que se denominou sociedade pós-industrial (iniciada nos anos 70 do sec XX), as artes/cultura foram submetidas às regras do mercado capitalista e à ideologia da indústria da cultura baseado na idéia e na prática do consumo de "produtos culturais", fabricados em série.

Os princiapais pesquisadores da Escola de Frankfurt foram: Theodor Adorno, Walter Benjamin e Herbert Marcuse.


2 Comments:

  • cris,
    vc nao tem como adivinhar como esses seus resumos vieram como uma mao na roda!
    tambem sou estudante de comunicação, (jornalismo) e às vesperas de minha prova, tinha tantas duvidas, que achava que teria que retomar os testes, boa coisa, acredite ou nao, mas seu blog foi capaz de tirar todas as minhas duvidas. mt obriada!

    By Blogger Ana Carolina, at 5:56 PM  

  • Eu te amo hein...
    UHAHUAHUA
    Mas falando sério, eu e minha turma estamos mais pedidos que calcinha em suruba, esses resumos ajudaram demais!

    Bom trabalho *-*'

    By Blogger Loma, at 6:39 PM  

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