Comunicação Social

sábado, junho 24, 2006

Primeiros Estudos


No final dos anos 20 e sobremodo na década de 1930, uma série de manifestações culturais – vinculadas a uma nascente indústria de lazer – emergia poderosamente, atingindo todos os segmentos sociais do mundo urbanizado. O rádio, o cinema e a música popular avançavam a grandes saltos. Começava-se a viver, então, a chamada Era da cultura de massas.

Este novo fenômeno, a utilização dos novos meios de informação, capazes de atingir simultaneamente grandes camadas da população, para divulgar cultura e anúncios, mereceu sérios estudos de suas escolas de pensamento: uma, conhecida como Escola de Chicago; e outra, na Alemanha, chamada Escola de Frankfurt.

A primeira, preocupada com a maneira como o homem interagiria com essas novas mídias, estudou apenas os aspecto técnico e físico dessa interação, sem entrar na questão de que tipo de conteúdo seria veiculado pelos novos meios de comunicação.

Já a escola de Frankfurt estava preocupada essencialmente com o conteúdo, compondo terríveis manifestos contra a vulgarização da arte. São célebres os escritos de Adorno e Hockheimer contra a música popular, e o também clássico ensaio de Walter Benjamim contra a possibilidade de manter a aura das obras de arte uma vez que fossem reproduzidas e copiadas pelas novas técnicas de comunicação. A escola de Frankfurt foi responsável, também, por formular o conceito de Indústria cultural, que seria o modo como a sociedade capitalista manipularia os indivíduos, através dos meios de comunicação de massa, para anular-lhes as individualidades e a capacidade crítica, formando uma massa homogênea que consumiria com mais facilidade poucos produtos culturais, produzidos em larga escala como na indústria tradicional.

O fato é que, enquanto a intelectualidade estava preocupada em discutir como utilizar essas novas mídias, governos, empresários e anunciantes, festejavam o espantoso crescimento do setor.

  • fonte: notas de aulas

Escola de Chicago: Os primeiros estudos aconteceram nos EUA sob encomenda (communication reserch). Havia uma demanda mais política que científica. Os meios de comunicação (jornal impresso e rádio) estavam sendo usados sem análise.

As pesquisas eram de caráter instrumental e tinham, por finalidade, resolver problemas imediatos. A enfâse encontrava-se na persuasão, no controle social e nos processos de produção (meios) das mensagens. É possível identificar pelo menos duas grandes vertentes de estudo:

- Aqueles que se preocupavam com os efeitos dos meios de comunicação na sociedade.
- Aqueles que buscavam estabelecer as funções dos meios de comunicação no contexto social. A corrente funcionalista absorve hipóteses sobre as relações entre os indivíduos, a sociedade os meios de comunicação de massa.

Os principais pesquisadores foram: Lasswell, Lewin, Lazarsfeld e Merton.


Escola de Frankfurt: Grupo de filósofos e cientistas sociais do final dos anos 20, responsáveis pela criação de conceitos como Indústria Cultural e Cultura de Massa. A Escola de Frankfurt se associa diretamente à chamada teoria crítica da Sociedade cuja identidade liga-se à utilização dos pressupostos marxistas (Marx) e de alguns elementos da psicanálise (Freud).

Os princiapais pesquisadores foram: Theodor Adorno, Walter Benjamin e Herbert Marcuse.