Escola de Frankfurt
- Fonte: wikipedia e notas de aulas
A Teoria Crítica da Sociedade tem um início definido a partir de uma ensaio-manifesto, publicado por Max Horkheimer em 1937, e que buscava unir teoria e prática contrapondo-se à Teoria Tradicional, de tipo cartesiano. A sua identidade liga-se à análise das temáticas novas que as dinâmicas sociais da época configuravam, em uma preocupação com a superestrutura ideológica e a cultura. Sendo assim, não se pode dizer que o tema dessa corrente sejam os meios de comunicação em massa, mas que, entre os vários assuntos abordados por esta escola, os mais próximos a este tema seriam aqueles relativos à idéia da indústria cultural, marcados pelo enfoque de manipulação e controle.
Por volta da década de 40, como o Instituto era patrocinado com recursos judeus, pesquisadores como Max Horkeheimer (diretor) e Theodor Adorno, entre outros, se veêm obrigados a deixar a Alemanha Nazista, fugidos da perseguição de Hitler. Já nos Estados Unidos, eles acompanham o surgimento do que os funcionalistas chamam de Cultura de Massa. Os pensadores da Escola de Frankfurt contestam o conceito de Cultura de Massa, no sentido de que ele seria uma maneira "camuflada" de indicar que ela parte das bases sociais e que, portanto, seria produzida pela própria massa. Eles propõem, então, um novo conceito, bastante dististo do anterior, chamado Indústria Cultural.
(in: Comunicação e Indústria Cultural)
Tudo indica que o termo indústria cultural foi empregado pela primeira vez em 1947 no livro de Adorno e Horkheimer entitulado "Dialética do Iluminismo*".
*no sentido de esclarecimento
A cultura de massa pretende se tratar de algo como uma cultura surgindo espontaneamente das próprias massas, em suma, da forma contemporânea da arte popular. No entanto, a indústria cultural é a integração deliberada, a partir do alto, de seus consumidores. Ela força a união dos dominínios, separados há milênios, da arte superior e da arte inferior. Com o prejuízo de ambos. O consumidor não é o sujeito dessa indústria, mas seu objeto. As massas não são a medida mas a ideologia da indústria cultural, ainda que esta última não possa existir sem a elas se adaptar.
A partir do momento em que suas mercadorias asseguram a vida dos produtores no mercado, elas já estão contaminadas pela motivação do lucro. Pode-se supor que a cosciência dos consumidores está cindida entre o gracejo regulamentar, que lhe prescreve a indústria cultural, e uma nem mesmo muito oculta dúvida de seus benefícios.
Seus representantes pretendem que essa indústria forneça aos homens, num mundo pretensamente caótico, algo como critérios para sua orientação, e que só por esse fato ela já seria aceitável. Mas, aquilo que supõem salvaguardado pela indústria cultural, é tanto mais radicalmente destruído por ela. As idéias de ordem que ela inculca são sempre as do status-quo que são aceitas sem objeção, sem ser confrontada com o que ela pretende ou com os reais interesses dos homens. Ela impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente. Mas estes constituem, contudo, a condição prévia de uma sociedade democrática, que não se poderia salvaguardar e desabrochar senão através de homens não tutelados.
Contextualizando: A partir da segunda revolução industrial no séc XIX e prosseguindo como o que se denominou sociedade pós-industrial (iniciada nos anos 70 do sec XX), as artes/cultura foram submetidas às regras do mercado capitalista e à ideologia da indústria da cultura baseado na idéia e na prática do consumo de "produtos culturais", fabricados em série.
Os princiapais pesquisadores da Escola de Frankfurt foram: Theodor Adorno, Walter Benjamin e Herbert Marcuse.